No coração do Moinhos de Vento, um jardim florido e bem-cuidado atrai olhares curiosos de quem passa pela rua 24 de Outubro. É a praça da estação de tratamento de água Moinhos de Vento, conhecida como a Praça do Dmae, que abastece vários bairros da cidade. Ela integra o complexo de prédios inaugurado em 1928. Ali funciona a sede administrativa do órgão municipal, com museu e galeria de arte.
Inspirada nos jardins do Palácio de Versalhes, na França, a praça convida a um passeio demorado. A grama é bem aparada e os arbustos podados em formas geométricas. Muitas pessoas cruzam o portão principal para contemplar a paisagem que serve de cenário para filmagens e ensaios fotográficos.
Além da beleza natural do lugar, um conjunto de quatro estátuas, dentro de um lago artificial com chafariz, desperta a atenção de quem caminha por suas alamedas. Que mistério há por trás daquelas esculturas? Segundo a prefeitura, elas são históricas. Monumento mais antigo de Porto Alegre, as peças esculpidas em mármore de Carrara foram instaladas, em 1866, junto ao Chafariz do Imperador na Praça da Matriz, Centro.
Por volta de 1910, a fonte foi desmontada para dar lugar ao monumento a Júlio de Castilhos. Desde 1936 estavam na Praça São Sebastião, ao lado do Colégio Rosário. Em 2014, as estátuas que representam o Guaíba e seus afluentes foram transferidas para a Praça do Dmae.
São duas figuras femininas, que simbolizam os rios Caí e Sinos, popularmente conhecidas como Ninfas, e duas masculinas, que representam os rios Jacuí e Gravataí, também, chamadas de Netunos. O conjunto original incluía uma quinta estátua, que simbolizava o Guaíba na figura de um menino, mas desapareceu.
A Praça do Dmae abre de segunda a domingo, das 8 às 19 horas. Não é permitida a entrada de motos nem de animais.
Fotos: Daniele Farias